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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA

Professor Jair Borges de Lima




A realidade em que a Escola está inserida, dentro de um contexto de nação, é de profundas desigualdades sociais, econômicas e culturais, caracterizada por uma sociedade capitalista, dependente e em vias de desenvolvimento, com resquícios ainda de um período ditatorial, tentando firmar-se como uma nação democrática e participativa, contudo, marcada por lutas, avanços, conquistas e retrocessos. É nesse contexto que encontramos a escola, em vias, também, de conquistas, de firmar-se como uma Escola Democrática, com uma Educação de Qualidade Social que tanto almejamos. Esta escola deve cumprir seu papel social que é formar o cidadão, construir conhecimentos, atitudes e valores que o tornem solidário, crítico, ético e participativo. Deve ser um instrumento de democratização da sociedade, portanto, um lugar privilegiado para o exercício da democracia participativa. É dentro desta perspectiva que exige-se a gestão democrática na escola com a escolha de diretores e a organização dos conselhos escolares.
Fazendo uma análise comparativa com nosso contexto escolar, percebemos que a realidade não é diferente das demais, encontra-se, também, em vias de construção democrática, onde há muito espaço a ser conquistado, ainda que a legislação (Constituição/1988 Art. 206; LDB Art. 3º, 14 e 17; PNE/2001) contemple e sustente a gestão democrática do ensino público, não é algo delegado e sim conquistado com a participação de todos os seguimentos que fazem a escola. E o poder público tem papel importante nesse processo também, através de programas como o PNE que visa o fortalecimento dos conselhos escolares com o objetivo de estimular a criação e a consolidação desses conselhos como um apoio e impulso na democratização da educação e da gestão escolar.
Quando analisamos o que são os conselhos e suas funções, encontramos algumas falhas no processo, pois as atribuições desses conselhos são deliberativas sobre questões político-pedagógicas, administrativas, financeiras. Tem função de analisar as ações a empreender e os meios a utilizar para o cumprimento das finalidades da escola, debater o PPP, tornar claro os objetivos e os valores a serem coletivamente assumidos, definir prioridades, contribuir para a organização do currículo escolar, criação de um cotidiano de reuniões de estudo e reflexões contínuas que inclua principalmente a avaliação do trabalho escolar, refletir cotidianamente sobre a qualidade do trabalho que a escola está realizando, portanto, tem funções deliberativas, consultivas, fiscalizadoras e mobilizadoras. A falta de conhecimento dos membros do conselho em saber o que são os conselhos e quais as suas principais funções, leva-os a inoperância e isto devido ausência de um programa de capacitação dos membros desses conselhos. Creio que a cada nova eleição de conselheiros deveria submetê-los a capacitação a começar pelos gestores, pois são os atores principais e que darão vida e fortalecimento aos conselhos escolares.
Outro ponto relevante a considerar é o processo de escolha desse conselho, pois o mesmo deve pautar pela efetiva possibilidade de participação dos membros, pela representatividade, disponibilidade e o compromisso, saber ouvir e dialogar, assumindo a responsabilidade de acatar e representar as decisões da maioria. Nem sempre em nossas escolas esses critérios são levados em consideração no momento da escolha do conselho, pois geralmente são pautados pela conveniência dos gestores, levando às assembléias os nomes já previamente escolhidos, quase que solicitando apenas o referendo dos demais, o que é um grande desperdício, pois impossibilita a comunidade escolar o exercício pleno de cidadania.
Os conselhos escolares devem funcionar através de reuniões mensais, com pauta previamente definida e distribuída aos conselheiros para que possam junto a cada segmento representativo da comunidade local informá-los e definir em conjunto o que será levado à reunião. Os conselheiros devem convocar novamente os segmentos que representam para informar a respeito das decisões tomadas. Vale ressaltar que em nossas escolas os conselhos não funcionam dessa forma, geralmente não existe um cronograma de reuniões mensais e não existe essa ponte entre os conselheiros e os segmentos que representam.
Concluímos que ainda há muito a ser conquistado, ainda há muito a ser percorrido para que os conselhos escolares desempenhem o seu verdadeiro papel na construção de uma escola democrática, participativa e com qualidade social que tanto queremos.

PROJETO: ALIMENTAÇÃO DIVERTIDA É TUDO NA VIDA


PROJETO “ALIMENTAÇÃO DIVERTIDA É TUDO NA VIDA”
JUSTIFICATIVA
As crianças costumam dedicar parte do seu tempo aos jogos e brincadeiras. No entanto, muitos adultos ainda não compreenderam a importância que a brincadeira, o brinquedo e os jogos tem na vida e no desenvolvimento infantil, pois acham que brincar é uma coisa sem importância, algo sério, pelo fato de não ser um trabalho. No entanto, é através da brincadeira que as crianças também se constituem como indivíduos, construindo hábitos, atitudes, preferências, inclusive com relação a alimentação. Nesse sentido, procuramos nesse projeto, criar uma relação lúdica com os alimentos, proporcionando momentos divertidos desde a sua produção com a hortinha, a preparação dos alimentos e também ao ato de alimentar-se, estimulando as crianças a terem hábitos saudáveis em relação aos alimentos.
OBJETIVO GERAL
-Contribuir para a criação de hábitos de alimentação saudável, bem como auxiliar as crianças a agir adequadamente em momentos de alimentação, atendendo aos princípios da variedade, equilibrio, moderação, prazer, sendo adequada em termos de sabor, textura, aroma e forma.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Organizar a hortinha da creche;
- Plantar, regar e cuidar da hortinha;
- Utilizar as hortaliças na alimentação das crianças da creche;
- Orientar as crianças de forma lúdica quanto a importância de uma alimentação saudável;
- Utilizar de linguagem artística local e tradicional, como literatura, dança, música, teatro e outros superando a idéia de ensinar e transmitir conhecimentos;
- Implantar o self-service como uma estratégia para a construção de hábitos alimentares mais rícos e variados e para construção da autonomia das crianças;
- Socializar hábitos de higiene com os alunos;
- Falar sobre a higiene na alimentação;
- Promover um mini-curso com os pais sobre alimentação saudável e estimular o aproveitamento integral dos alimentos.
METODOLOGIAS
- Organizando a hortinha da creche;
- Plantando, regando e cuidando da hortinha;
- Incentivando a participação das crianças em atividades relacionadas à alimentação e a limpeza;
- Dramatizando com fantoches histórias vividas ou criadas de acordo com o repertório infantil;
- Utilizando músicas e brincadeiras de faz de conta;
- Implantando o self-service;
- Conversando informalmente sobre os hábitos de higiene: lavar as mãos, escovar os dentes, pentear
os cabelos, tomar banho;
- Interagindo com a criança na hora da alimentação, nomeando os alimentos que lhe são oferecidos;
- Confeccionando bichinhos de frutas e legumes para as crianças brincarem;
- Confeccionando bichinhos de frutas e legumes para as crianças comerem;
- Promovendo um mini-curso sobre alimentação saudável e estimulando o aproveitamento integral dos alimentos.
RECURSOS MATERIAIS
Frutas, legumes, sementes, terra preta, adubo orgânico, regadores, tábuas, pregos, papel chamex, lápis de cor, livros, revistas para recorte, aparelho de som, tv e dvd, Casinha do Fantoche, bonecos de fantoche, cartolina, papel cartão, cola.
RECURSOS HUMANOS
Alunos, professores, equipe diretiva, funcionários, pais e/ou responsáveis.
PERÍODO
Este projeto será desenvolvido entre os dias 01/09/2009 a 22/12/2009.
AVALIAÇÃO
Faz-se mediante acompanhamento e registro diário do seu desenvolvimento e participação nas atividades propostas, levando em consideração os processos vivenciados pelas crianças, documentando mudanças e conquistas.
CULMINÂNCIA
No CMEI, com a apresentação e preparação dos produtos produzidos pela hortinha, e refeições servidas às crianças no seu dia a dia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA:
Nutrir uma iniciativa da Nestlé & Guisadinho, sugestões para brincar e se alimentar com alegria, Caderno do Gestor, Livro do Educador, 2007.
avisa lá – Revista para a formação de professores de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. Publicação do Instituto Avisa lá. Ano V – Ed. Especial/ Nutrir . Novembro de 2005.
GUIMARÃES, O. Arroz, feijão e leite são insuficientes para tanta gente. Valor econômico, São Paulo: 12 de maio de 2003, pag. F2. 2003.
HOFFMAN, R. Pobreza, insegurança alimentar e desnutrição no Brasil. Estudos Avançados, V.9 n.24, 1995.
INSTITUTO CIDADANIA. Projeto Fome Zero – Uma Proposta de Política de Segurança Alimentar para o Brasil. São Paulo: Instituto Cidadania (117 págs.), 2001.

PROJETO: FAZENDO ARTES NO CANTINHO FELIZ


CMEI - CANTINHO FELIZ
PROJETO: “FAZENDO ARTES NO CANTINHO FELIZ”

JUSTIFICATIVA:
O presente projeto constitui-se em um conjunto de propostas surgidas da necessidade de propiciar o desenvolvimento de pensamentos e/ou sentimentos artísticos infantis, visando despertar o equilíbrio, a linguagem a expressão e comunicação das sensações por meio da organização e relacionamentos intra e/ou inter pessoais.
Segundo os RCNEIS (1998, p. 91) “No processo de aprendizagem em Artes Visuais, a criança traça um percurso de criação e construção individual que envolve escolhas, experiências pessoais, aprendizagens, relação com a natureza, motivação interna e/ou externa”.
É importante mencionar que Taquaruçu é um bairro de grandes riquezas naturais, de fácil acesso, além das crianças possuírem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e que pensam o mundo de um jeito muito próprio, tais fatores proporcionam uma leitura feita a partir dos sinais e/ou símbolos por elas expostos através da arte.
Considerando esse ambiente propício para as artes, é importante salientar, também a musicalização, que inicia-se de forma intuitiva e expontânea desde os primeiros anos de vida, através da sua interação com o universo sonoro circundante, portanto, estimular as crianças através do ouvir, cantar e dançar são atividades importantes para o desenvolvimento integral dos alunos.
Buscaremos, também, de modo interdisciplinar englobar as datas comemorativas durante o desenvolvimento do mesmo.

OBJETIVO GERAL:
Ampliar o conhecimento de mundo que a criança possui manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística, e que sejam instigados a construir gradativamente e a seu tempo conhecimentos que os auxiliem na compreensão de si próprios, das relações sociais e naturais, da cultura em que vivem e dos valores necessários para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1- Estimular a atenção das crianças através de conversas informais sobre artesãos e artistas;
2- Despertar a criatividade artística de forma intuitiva e expontânea;
3- Desenvolver a linguagem oral através das histórias e das músicas;
4- Desenvolver o gosto pela música e suas criações musicais;
5- Reproduzir sons existentes na natureza ou ambiente do CMEI;
6- Explorar as possibilidades do rítmo e gestos corporais, para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação;
7- Ter contato com o repertório musical folclórico por meio de audição;
8- Aprender canções infantis e apresentá-las nas datas comemorativas;
9- Brincar de roda;
10- Confeccionar brinquedos rítmicos e utilizá-los em suas brincadeiras;
11- Despertar e desenvolver a percepção e expressão por meio da música;
12- Desenvolver o cuidado com o próprio corpo e com o esquema em que habita;
13- Combinar direito e deveres através de conversas formais e informais;
14- Estimular a atenção e o raciocínio;
15- Produzir trabalhos de artes utilizando a pintura, a modelagem, colagem, desenvolvendo o prazer e o respeito pelo processo de criação.

METODOLOGIA:
1- Estimulando a coordenação motora através de desenhos livres;
2- Trabalhando com pintura, colagem e modelagem a partir do seu próprio repertório;
3- Contando história e estimulando a criança na re-elaboração da mesma, a partir do seu conhecimento de mundo;
4- Mostrando álbum seriado relacionado a arte e falando sobre ele;
5- Despertando o gosto pelo teatro através da formação do grupinho de teatro e suas apresentações;
6- Acompanhando os sons musicais e seus rítmos com palmas e batidas de pés;
7- Conversando informalmente sobre os temas trabalhados durante o ano;
8- Explorando materiais sonoros e rítmicos;
9- Participando de situações que integrem músicas, canções, cantigas de roda e dança;
10- Ouvindo e observando os sons da natureza em atividades externas;
11- Confeccionando instrumentos musicais;
12- Despertando o fazer artístico de forma intuitiva e expontânea;

EIXOS NORTEADORES:
Movimento
Música
Artes visuais
Linguagem oral
Natureza e sociedade
Identidade e autonomia

RECURSOS HUMANOS:
Alunos
Pais
Professores
Equipe diretiva
Equipe Adm. E funcionários

RECURSOS MATERIAIS:
Papel chamex, Lápis, Tesoura, Óleo, Papel Pardo, Lápis de Cera, Cartolina, Farinha de Trigo, Pape Crepom,Giz de Cera, Anilina várias cores, Pincéis, Cola, Revistas e Jornais, Argila, Molduras, Fita crepe, Barbante,
Sucatas, Roupas p/ dança, Folhas de Árvores, CD, Massa de modelar, Roupas p/ teatro, Tinta Guache, Som, Sal, Expositor.

AVALIAÇÃO:
Será realizada em forma de relatório diário, através da observação de cada aluno individual e coletivamente durante o processo de desenvolvimento do projeto, onde serão avaliados os aspectos social, afetivo, cognitivo e psicomotor.
CRONOGRAMA:

CULMINÂNCIA BIMESTRAL

DATA

ARTES VISUAIS
MARÇO/ABRIL
EXP./ESP.DA CID. E COQUETEL

DANÇA
MAIO/JUNHO
APRES. NO CANTINHO FELIZ

MÚSICA
AGOSTO/SET.
APRES. NO RED. DA PRAÇA

TEATRO
OUT/NOV/DEZ.
APRES. NO CANTINHO FELIZ

REFERÊNCIAS:

RCNEI da Educação Infantil – MEC/SEF, 1998. Vol. 03
Reverbel, Olga. Jogos teatrais na escola. 1ª ed. São Paulo. Scipione. 2006.